Terremoto do Chile não tem relação com o do Haiti



Para decepção dos alarmistas, sismólogos afirmam que este terremoto do Chile não tem nenhuma relação com o acontecido a pouco tempo no Haiti.

Lucas Vieira Barros, professor do Observatório Sismológico da Universidade de Brasília, afirmou que os terremotos ocorridos no Haiti e, mais recentemente, no Chile, não apresentam qualquer relação de causa e efeito.
Em entrevista a Zero Hora, Lucas Vieira Barros, afirmou:

— Os terremotos são cíclicos. Eles acontecem hoje e dependendo do seu tamanho, da sua magnitude, vão acontecer novamente daqui a 50, 100, 200, mil, ou até 10 mil anos. Quanto maior é o terremoto, maior é o tempo de repetição dele — explica o sismólogo.

Segundo ele, a Cordilheira dos Andes está localizada em uma região extremamente sísmica. O contato entre as placas Nazca e Sul-Americana já causou o maior e mais profundo terremoto da história, em 1960. O tremor chegou a atingir 9,5 na escala de Richter.

— Quanto menor a profundidade do terremoto, maior as chances de gerar danos. No caso do Haiti, foi um terremoto de magnitude 7 e profundidade de 10km, considerado raso. Ele produziu muitos danos por causa da magnitude, da proximidade e da má qualidade das construções — afirma Barros.

No Chile os estragos teriam sido menores, apesar da maior magnitude devido a distância do centro urbano e da profundidade. A energia gerada pelo sismo que sacudiu o Chile foi cerca de 800 vezes maior do que a produzida pelo Haiti, diz o professor.

— Os centros urbanos mais importantes do Chile estão a mais de 100km de distância do centro do terremoto — estima Barros lembrando que as construções chilenas estão bem melhor estruturadas para sofrer tremores.

— A relação que existe diz respeito unicamente à fonte de energia. O terremoto acontece porque a terra se quebra. E a terra se quebra onde ela é mais rígida, em resposta às forças geológicas provenientes do interior da terra conclui.
- O professor explicou também porque os gaúchos não teriam sentido os mesmos tremores registrados em São Paulo na madrugada de sábado. Segundo ele, além da diferença entre os terrenos, o epicentro do terremoto teria gerado mais energia em direção ao sudeste do Brasil.

— Certamente as ondas sísmicas geradas nos Andes tem energia maior irradiada em direção à São Paulo e não em direção a Porto Alegre. A geologia sob a qual está Porto Alegre não é a mesma sob o qual estão assentados os prédios de São Paulo — completa Barros.


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